Com o aumento de 0,22 centavos por litro no preço da gasolina, a partir do dia 1º de fevereiro, o valor final de revenda nos postos de combustíveis em Natal pode superar R$ 3,30. A alta no preço do combustível é decorrente dos reajustes aplicados às alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), já publicados na edição de ontem “Diário Oficial da União (DOU).
Adriano AbreuProjeções indicam que preço ao consumidor natalense nos postos de serviço deve ficar em R$ 3,30 a partir da próxima semana
Dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) apontam que o preço médio da gasolina varia, hoje, entre R$ 3,09 a R$ 3,12 no Rio Grande do Norte. E Natal ocupa o décimo lugar no ranking das gasolinas mais caras vendidas nas capitais. Já o RN ocupa o 14º lugar no ranking.
O decreto do governo alterando as alíquotas do PIS e da Cofins também elevará o preço do litro de óleo diesel a 0,15. A partir de 1º de maio haverá o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e o óleo diesel. As medidas fazem parte de um pacote de aumento de tributos anunciado na semana passada pelo governo. O governo espera obter R$ 12,2 bilhões com a alta.
O decreto altera duas normas de 2004 que haviam reduzido as alíquotas do PIS e da Cofins incidentes sobre a importação e comercialização de gasolina, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo e querosene de aviação e as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível.
Apesar dos reajustes tarifários anunciados pelo governo, a medida ainda não provocou uma corrida aos postos de gasolina. Mas, ontem, a aposentada Lucia Romão, disse que não era por isso que “ia deixar de por gasolina no carro, nem abrir mão da minha cerveja. Vou economizar noutras coisas, cortar o que não for necessário”. Como a aposentada, o comerciante Rodrigo Dutra abastecia o seu carro, ontem à tarde, num posto da avenida Rio Branco, na Ribeira, onde o preço da gasolina comum – R$ 2,99 -, ainda é um dos mais baixos de Natal.
Na opinião dele, o reajuste dos impostos nos combustíveis acompanha outras medidas do governo “pra puxar o freio de mão” e fazer caixa, “porque senão o país ia quebrar”.
Para Rorigo, num primeiro momento tem, também, a questão psicológica do consumidor, “que ao invés de colocar R$ 100 de gasolina, vai botar R$ 50” no seu carro e reduzir, por exemplo, o número de viagens. “Tudo na vida passa por sacrifícios”, continuou ele, mas achando que o governo teve de tomar essas medidas porque antes havia aberto a chave do cofre: “O ruim é pagar imposto alto e não ter retorno”.
Fonte: Tribuna do Norte
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