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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Suspeito de formação de milícia, policial civil é preso em Natal

Agente também é suspeito dos crimes de peculato e tentativa de homicídio.
Prisão desta quarta (9) é desdobramento de operação realizada em agosto.
Armas e coletes a prova de balas foram apreendidos durante buscas feitas na empresa (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um agente da Polícia Civil do Rio Grande do Norte foi preso nesta quarta-feira (9) suspeito de formar uma milícia privada. O policial foi preso em Natal após o cumprimento de um mandado de prisão expedido pela Vara Criminal de Ceará-Mirim, na região metropolitana. Além de formação de milícia privada, o agente é suspeito dos crimes de peculato - desvio de dinheiro público - e tentativa de homicídio.

A prisão do policial é desdobramento da operação Tártaro, deflagrada em 7 de agosto para desarticular e prender integrantes de uma empresa ilegal que realizava segurança privada para moradores de Muriú, praia do litoral Norte do Rio Grande do Norte.

“O grupo realizava disparos com armas de fogo e ameaçava moradores que não contratassem os serviços. Além disso, como forma de retaliação o grupo realizava arrombamentos nas casas, constituindo desta forma a prática de milícia privada”, relatou a delegada Jamille Alvarenga, titular da Delegacia de Polícia Civil de Ceará-Mirim.

A delegada acrescenta que o policial civil exercia o papel de dono da empresa de segurança privada investigada na operação. “Ele coordenava os trabalhos do grupo, fornecia armamentos e gerenciava toda a logística", detalha.

A participação do policial civil foi descoberta a partir de prisões e apreensões realizadas na operação deflagrada em agosto. Na ocasião foram apreendidos um colete balístico de propriedade da Polícia Civil, além de dois revólveres calibre 38 e munições de diversos calibres, inclusive de uso exclusivo da polícia. O material estava na casa de um dos presos na operação.

No dia da operação foram presos dois primos apontados como supostos autores de uma tentativa de homicídio e integrantes da milícia privada. "Descobrimos que o policial civil tinha repassado o colete. Para tentar despistar a origem do colete, o agente havia cortado todas as identificações relativas à Polícia Civil”, explica Alvarenga.

Fonte: Portal G1 RN

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