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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Sistema de carro comunitário e sustentável pode chegar a Belo Horizonte.

Modelo é similar ao que existe para bike: usuário retira veículo elétrico e devolve em estação.
Pequeno. Perspectiva apresentada por start-up mostra carro que poderia ser usado: 2,5 m de comprimento


RAQUEL AYRES
ESPECIAL PARA O TEMPO

A exemplo do Bike BH, sistema de compartilhamento de bicicletas lançado em Belo Horizonte em junho do ano passado, o uso comunitário de carros pode ser implementado a partir do próximo ano. A start-up mineira Compact Moby, por meio do processo conhecido como Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada (MIP), foi autorizada pela Prefeitura de Belo Horizonte a desenvolver, até o dia 8 de dezembro, estudos de viabilidade desse sistema.


Pela proposta da start-up, de 30 a 50 veículos elétricos, de pequeno porte e totalmente recicláveis, serão disponibilizados para motoristas habilitados em locais estratégicos da cidade – a serem definidos a partir da avaliação da prefeitura caso o projeto seja licitado. Essas estações serão devidamente equipadas com pontos de abastecimento dos carros.

Para dirigir um desses veículos, de 2,5 m de comprimento – quatro vezes menor que a média dos automóveis convencionais –, o usuário deverá estar cadastrado no serviço por meio da internet ou aplicativo. “A ideia é começar a implantação de forma gradativa, e, conforme a demanda avançar, aumentaremos a oferta”, diz Danilo Prado, gestor do projeto do Compact Moby.

Segundo ele, o investimento por parte dos interessados em explorar o negócio giraria em torno de R$ 8 milhões. Prado informou que, por questões estratégicas, ainda não é possível dizer quais os modelos poderão ser usados na cidade, mas ressalta que veículos elétricos de montadoras francesas e chinesas já existem nesses moldes e são uma opção. “Também estamos estudando a viabilidade de um modelo nacional”, disse.

Benefício. Conforme Cardoso, uma das vantagens do “car sharing” (“carro compartilhado”) é o fato de não exigir grandes obras e ainda ser uma solução complementar ao atual sistema de transporte.

“O compartilhamento de carros já é uma realidade em Recife e em outras cidades do mundo. Porém, informações que demonstram como esse sistema poderia ser implementado em Belo Horizonte dependem da avaliação da PBH Ativos depois que os estudos forem entregues”, informou a assessoria da prefeitura em nota. Caso o município opte pela implantação do sistema, um edital de licitação será aberto para todas as empresas participarem, ainda conforme a nota.
Benefício
Meio ambiente. Outra vantagem dos carros comunitários é o fato de serem de matriz energética limpa. Não despejam gás carbônico na atmosfera.
Sobre o Bike BH
Inspiração para o “car sharing”: 
Bike BH. Foi implantado em 2014 como solução de meio de transporte para deslocamentos curtos.

Uso. Por meio de aplicativo, o usuário localiza a estação onde vai retirar a bicicleta. Pelo telefone acessa a tarifa correspondente ao uso pretendido – valores variam de R$ 3 a R$ 60, conforme passe diário e anual, respectivamente. Pagamento por cartão de crédito. Após o uso, a magrela deve ser deixada em uma das quatro estações.

Fonte: Jornal O Tempo

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