A Ucrânia anunciou, em 18 de dezembro, que se recusava a pagar o empréstimo com a Rússia, concedido em 2013 ao regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovych
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao seu governo levar a Ucrânia aos tribunais em caso de não pagamento
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O ministério russo das Finanças anunciou nesta sexta-feira (1º) que entrará com uma ação legal contra a Ucrânia após a sua recusa de pagar um empréstimo de R$ 3 bilhões concedido por Moscou. Constatando que a Ucrânia está em "default" em vista das suas obrigações para com Moscou, "o ministério russo das Finanças (...) iniciou os procedimentos necessários para dar início a uma ação judicial imediata contra a Ucrânia", afirmou uma autoridade russa diante a tribunal britânico.
A Ucrânia anunciou, em 18 de dezembro, que se recusava a pagar o empréstimo com a Rússia, concedido em 2013 ao regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovych, algumas semanas antes de ele ser deposto e fugir para a Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou ao seu governo levar a Ucrânia aos tribunais em caso de não pagamento da sua dívida antes do final de 2015.
Em um contexto de crise e forte tensão desde a anexação da Crimeia e do conflito com os separatistas pró-russos (mais de 9.000 mortos), Moscou e Kiev também estão envolvidos há meses em um impasse financeiro.
As autoridades ucranianas exigem que Moscou concorde em apagar parte da dívida, assim como fizeram credores privados (bancos, fundos de investimento...), mas a Rússia recusa-se, propondo simplesmente um reembolso ao longo de três anos.
"A Ucrânia prefere entrar em default, a fim de iniciar negociações honestas", explicou o ministério das Finanças da Ucrânia, afirmando que a ação legal "não é uma indicação de um diálogo construtivo para chegar a uma reflexão aceitável da dívida".
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