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terça-feira, 21 de março de 2017

Entrevista – Sandy em Natal

Ontem, antes de subir ao palco do Teatro Riachuelo, a cantora Sandy conversou com a imprensa e falou sobre o seu trabalho “Meu Canto”, novidades da carreira, além de contar algumas curiosidades sobre seu dia a dia e tirar dúvidas dos fãs que torcem por um resgate aos sucesso do seu trabalho com o irmão Júnior Lima.

Leia:

Como foi que nasceu o “Meu Canto”?

Fiquei com vontade de fazer o DVD quando eu estava participando do Superstar, em 2015, e foi a minha volta ao trabalho após a maternidade. Eu não tava muito a fim de voltar a trabalhar naquele momento, queria adiar um pouquinho mais essa volta, mas ai eu entrei em contato com esse mundo de novo, da música, do entretenimento, do palco, né?! Que é um local que eu sempre fui apaixonada…! E meu deu logo a ideia de criar um show para fazer um DVD, e logico, uma turnê, consequentemente.

Quais os planos para o próximo trabalho?

Tenho a ideia de fazer um próximo disco de inéditas, mas ainda não comecei a trabalhar nele. Vou começar a pensar, conceber, mais para o finalzinho do ano para começar a trabalhar no ano que vem.
Seu processo de composição mudou após a maternidade? 

Mudou bastante. Antes eu podia trabalhar muito mais com a inspiração, né, (risos), e hoje em dia tem que ser na transpiração, só naquele momento que a gente separa para isso, porque meu dia é cheio, se eu estou em casa, estou com meu filho, eu gosto muito de ficar bastante com ele, de ser uma mãe muito presente, então ele demanda todo o meu tempo, não tem mais aquela coisa de ócio criativo. Aí eu reservo alguns momentos para isso e eu descobri que consigo trabalhar assim, com esse tempo planejado também, não só de deixar a inspiração fluir. Óbvio que as vezes, à noite, eu estou em um hotel, tomando banho, sei la, e vem alguma ideiazinha, mas a cabeça está muito mais ocupada também com as coisas do dia a dia. Então hoje é um pouco mais raro ter esses insights de inspiração.

O que te motivou a gravar “Luciana”? Tem alguma relação pessoal?
Tem sim. Meu avô gostava muito dessa música e quando eu tinha meus 12, 13 anos, ele falou que achava que essa música ficava linda na minha voz, ele percebeu que eu sabia cantar, que eu tinha um potencial, ele achava que eu tinha uma voz bonita, e ele falou que eu deveria gravar essa música um dia ou pelo ao menos cantar e passou. Naquele momento eu estava cheia de coisa para fazer, trabalhando, estudando, e tudo mais, e não dei muita atenção. Depois, quando meu avô fez 80 anos, a gente fez um show comemorativo, em homenagem a ele, que virou um DVD, e a gente deu para ele de presente depois. E aí eu lembrei daquele momento, eu já tinha 24 anos, e lembrei de cantar aquela música para ele. E cantei. Ele ficou muito feliz. Em 2015, que foi o ano que o DVD foi gravado, o meu avô faleceu e aí eu me lembrei mais uma vez dessa música e quis fazer uma homenagem para ele.

Agora, com a sua carreira solo consolidada, você e seu irmão não pensam em fazer um resgate comemorativo de “Sandy e Júnior”?
Na verdade, eles não me pressionam, não me cobram…. eu brinco que se eu não colocar músicas de Sandy e Júnior no show, eles me matam, não é verdade, mas eles acabam puxando, a capela né, uma música ou outra, e é muito lindo de ver esse carinho, que, ainda uma grande parte do meu público é composto por fãs de Sandy e Júnior mas eu e ele a gente tem um carinho muito grande por esse passado, que construiu quem a gente é hoje como artista e como pessoa, então a gente quer homenagear pra sempre, que recordar, enfim, pra sempre essa nossa trajetória, mas a gente não tem um plano concreto de fazer alguma coisa, um show, ou uma turnê, um disco, nada. Obvio que a gente não descarta a ideia porque a gente é irmão e, às vezes, dá vontade de fazer alguma coisa junto. Eu só não quero deixar nenhuma esperança nos fãs para eles não ficarem decepcionados depois.

Vídeos da coletiva de imprensa e do show:



Fonte: Ulysses Freire

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