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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Prisões por ataques sobem para 383 no Ceará

O governador do Ceará, Camilo Santana, reúne-se com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para discutir ações para conter ataques de facções criminosas no estado
O número de presos em razão da onda de ataques no Ceará subiu para 383. A atualização foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do estado hoje (16). Em meio ao cenário tenso de conflitos com as facções, o governador Camilo Santana esteve em Brasília e se reuniu com o Ministro da Defesa.

As ações de facções criminosas tiveram início no início do mês e deixaram em alerta todo o estado. Prédios públicos, viadutos, estradas, ônibus e locais com veículos foram incendiados ou atingidos de alguma forma pelos grupos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, as novas prisões ocorreram na capital, Fortaleza, na região metropolitana e municípios do interior. Conforme comunicado divulgado, as forças de segurança do estado e parceiras (como as enviadas pelo governo federal ou por Executivos de outros estados) seguem fazendo policiamento ostensivo “em locais estratégicos” e dentro de ônibus (o transporte coletivo é um dos alvos dos ataques).

Além das detenções (que incluem apreensão de adolescentes), a Polícia Civil comunicou a apreensão hoje de 700 quilos de explosivos em um apartamento em um bairro na capital Fortaleza.

Reunião:
O governador Camilo Santana viajou a Brasília nesta quarta-feira. Ele se encontrou com o ministro da Defesa, general Fernando de Azevedo, na parte da tarde. “Aproveitei para apresentar um relatório das ações, dos fatos e das medidas tomadas e agradecer o apoio que tem sido dado pela inteligência e pelo Ministério da Defesa”, relatou.
O governador do Ceará, Camilo Santana, reúne-se com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para discutir ações para conter ataques de facções criminosas no estado. - Valter Campanato/Agência Brasil
Em conversa com jornalistas ao fim da reunião, relatou que discutiu com o titular da pasta formas de flexibilizar empecilhos ao emprego das Forças Armadas em situações como essa. “Existem algumas questões legais compreendidas que precisam ser revistas pelo Congresso Nacional e pelo país como um todo que restringem algumas ações. Mas estamos tentando encontrar caminhos para superar essas questões, como a participação das Forças Armadas nos estados”, afirmou, sem dar detalhes. 

Medidas:
Desde o início da onda de ataques, o governo do estado vem adotando um conjunto de ações. A ofensiva teria ocorrido, segundo as autoridades estaduais, como reação à estratégia anunciada para administração penitenciária do estado pelo secretário Luís Mauro Albuquerque. A Secretaria de Segurança Pública faz policiamento e aumentou o efetivo nas ruas. Anteontem, o governo anunciou que convocará militares da reserva.

No dia 4 de janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou o envio de cerca de 300 homens da Força Nacional e das Forças Armadas após pedido de apoio do governador Camilo Santana. Esse contingente foi ampliado nos dias seguintes. Outros estados enviaram oficiais e agentes, como a Bahia.

Denúncias:
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do estado disponibilizou o número 181, o Disque Denúncia do órgão, e um número de WhatsApp (98969-0182) para receber denúncias de atos criminosos ou atitudes suspeitas.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/

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