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quarta-feira, 24 de abril de 2019

PEDREIRO ACUSADO DE MATAR E ENTERRAR MENINA DE 12 ANOS EM NATAL VAI A JÚRI POPULAR, DECIDE JUÍZA

Marcondes Gomes da Silva foi ouvido durante a audiência — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi
O pedreiro Marcondes Gomes da Silva, de 45 anos, acusado de matar a estudante Iasmin Lorena Pereira de Melo, de 12 anos – crime ocorrido em março do ano passado na comunidade da África, no bairro da Redinha, Zona Norte de Natal – vai a júri popular. A data do julgamento, no entanto, ainda será marcada. Até lá, o réu continua preso.

A decisão foi tomada pela juíza Ingrid Raniele Farias Sandes, da 2º Vara Criminal de Natal, em audiência de instrução e julgamento realizada na manhã desta quarta-feira (24) no Fórum Miguel Seabra Fagundes, na Zona Sul da cidade. Além do réu, 6 testemunhas foram ouvidas pela magistrada (dentre elas Ingrid Araújo, mãe de Iasmin). Um filho do acusado não compareceu.
Ingrid Araújo, mãe de Iasmin, também participou da audiência — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi
Acusação:
Marcondes vai responder pelos crimes de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo fútil, impossibilidade de defesa da vítima e emprego de meio cruel), estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. “Nossa expectativa é que ele seja condenado e tenha uma pena fixada acima de 20 anos”, disse o advogado Emanuel Grilo, assistente de acusação.

Negação:
Durante a audiência, Marcondes se recusou a comentar as acusações. Disse que só vai falar durante o julgamento, mas negou os crimes apesar de ter confessado a morte da menina logo após ser preso.
Iasmin Lorena tinha 12 anos
Foto: Arquivo da Família/cedida
Confissão:
Vista pela última vez com vida no dia 25 de março de 2018, o corpo de Iasmin foi encontrado um mês depois. A menina foi estrangulada com um cabo de aço de bicicleta e enterrada no terreno de uma casa em construção.
Marcondes Gomes da Silva, no dia em que foi preso no litoral potiguar — Foto: PM/Divulgação
Marcondes, que era amigo da família da menina, foi preso no dia 26 de abril, dois dias após o corpo ser encontrado por cães farejadores da Polícia Militar. O pedreiro foi localizado em uma praia no município de Touros, no Litoral Norte do estado.

Ao ser detido, Marcondes admitiu ter matado Iasmin. Ele contou que agiu sozinho, e disse que matou a menina após ela se negar a ter relações sexuais com ele. O pedreiro ainda passou um tempo na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, mas em setembro do ano passado foi transferido para a Penitenciária Estadual de Parnamirim.

O desaparecimento:
Iasmin foi vista com vida pela última vez por volta das 13h do dia 28 de março do ano passado. De acordo com a família, a menina saiu de casa, na Rua José Acácio de Macedo, na comunidade da África, na Redinha, para entregar um dinheiro a uma vizinha a pedido da mãe. Porém, ela não chegou ao destino. A mulher que receberia o dinheiro mora em uma rua próxima, e disse que a menina não apareceu por lá. A família então procurou a polícia e registrou o desaparecimento da garota. Foi quando começaram as buscas por Iasmim.

Corpo encontrado:
No dia 24 de abril, quase um mês depois do desaparecimento, cães farejadores do canil do Batalhão de Choque da Polícia Militar ajudaram a encontrar o corpo da menina. O cadáver estava enterrado dentro uma casa inacabada na rua José Acácio de Macedo, a mesma onde Iasmin morava com sua família.

Identificação:
O corpo de Iasmin só foi oficialmente identificado 56 dias depois de ser encontrado. Foi preciso um exame de DNA, pois o cadáver estava em avançado estado de decomposição.
Corpo de Iasmin foi sepultado 56 dias após ser encontrado — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi
Somente então pôde ser liberado para a família e sepultado.

Fonte: Blog A Fonte

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