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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Covid-19: vacina chinesa se mostra eficaz em primeiro teste feito em humanos

Imunizante do Grupo Nacional Biotec da China (CNBG) induziu a criação de anticorpos de alto nível em mais de 1,1 mil voluntários saudáveis

Pesquisadores chineses avaliam oito candidatas a vacinas contra a Covid-19, já na fase de testes em humanos, tanto no país asiático como no exterior. E uma delas, criada pelo Grupo Nacional Biotec da China (CNBG), demonstrou ser segura e eficaz, de acordo com os primeiros resultados dos ensaios clínicos.

O anúncio foi feito pela farmacêutica no domingo (28), na rede social chinesa WeChat. As doses experimentais, produzidas por uma unidade da estatal em Pequim, induziram a criação de anticorpos "de alto nível" em mais de 1,1 mil voluntários saudáveis que participaram das fases 1 e 2 do estudo.

A fase clínica de uma vacina em desenvolvimento, que compreende a testagem em humanos, é dividida em três momentos. Na fase 1 é feita uma avaliação preliminar com poucos voluntários adultos monitorados de perto. 

Já na fase 2 são realizados testes em centenas de participantes (escolhidos de forma aleatória) que indicam informações sobre doses e horários que serão usados na fase 3, a qual compreende o ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos). Nesta etapa, o estudo precisa fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança da solução e prever eventos adversos; só então há um registro sanitário.

Doses experimentais da vacina chinesa induziram a criação de anticorpos "de alto nível" em todos os participantes. Foto: Reprodução

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 141 candidatas a vacina contra o novo coronavírus estão em desenvolvimento. Do total, 16 estão na fase clínica, ou seja, sendo testadas em humanos.

Na semana passada, o Instituto Butantan e o governo de São Paulo anunciaram uma parceria para testar outra candidata chinesa na corrida para a imunização.
Vacina de Oxford

O Ministério da Saúde anunciou no sábado (27) uma parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.

O acordo prevê‚ a transferência de tecnologia e a compra de lotes da vacina. Se for comprovada sua eficázia, ao menos 30,4 milhões de doses serão entregues em dois lotes: 15,2 milhões em dezembro, e 15,2 milhões em janeiro de 2021, com prioridade para o grupo de risco e profissionais de saúde.

Fonte: G1

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