Guiada pela Ciência e orientada pelo Comitê Científico do Rio Grande do Norte, a govenadora Fátima Bezerra reafirma que a decisão sobre o retorno das aulas na modalidade presencial depende da situação epidemiológica do Estado. “As diferenças entre as escolas públicas e privadas são históricas, todos sabemos disso, e a pandemia tem revelado mais ainda essa discrepância”, disse a governadora ao ser questionada por representantes de escolas privadas, durante audiência realizada nesta terça-feira (25), na Governadoria.
Professora Cristine Rosado, que lidera o movimento em torno do retorno presencial das aulas, abordou se o governo pretende seguir os preceitos da Unesco, sobre as escolas terem sido os primeiros estabelecimentos a serem fechados, e deverão ser os últimos a serem reabertos; também foi colocada a necessidade de vacinação em massa dos profissionais da Educação; e por último, a respeito do retorno das aulas presenciais da rede estadual de Ensino. “Nós também estamos preocupados com as dificuldades que os estudantes das escolas públicas estão passando”, reforçou.
A professora Fátima Bezerra relatou o empenho do governo para incluir os trabalhadores da Educação no Plano Nacional de Imunização (PNI). “Em meio a todas as dificuldades que temos passado, nos preocupa sim o fato de estarmos há quase um ano sem atividades presenciais. Acho um desrespeito quando dizem que o ano está perdido. É claro que o ano está muito prejudicado, principalmente na escola pública, mas são inúmeras as nossas dificuldades”, explicou.
A médica Rochelle Elias, representante dos pais de alunos especiais da rede privada, fez um pedido ao secretário de Estado da Educação e Cultura (Seec), Getúlio Marques, presente à reunião, para que, se houver recrudescimento da pandemia novamente, que a Seec atente ao caso específico das crianças e adolescentes que precisam de acompanhamento para facilitar o aprendizado. “Quero deixar bem claro que reconhecemos as diferenças entre escolas públicas e privadas. Vida envolve muita coisa, como é o caso da qualidade de vida. Estamos pedindo pelo retorno das escolas públicas também. Será que poderíamos tratar casos específicos?”, questionou.
Ficou definido que o Governo do Estado continuará no processo de preparação das escolas, para retorno híbrido, e que reforçará a luta pela vacinação universal dos trabalhadores da Educação, tanto da rede pública quanto privada. Participaram da reunião, que foi realizada em modo híbrido, a secretária adjunta do Gabinete Civil, Socorro Batista e a assessora jurídica, Luciana Daltro; o professor Ildisnei Medeiros e o gestor escolar Eduardo Bezerra; e de forma virtual, o Procurador Geral do Estado, Luís Antonio Marinho, e a promotora Isabelita Garcia Gomes Neto Rosas, do Ministério Público (78ª Promotoria de Justiça).
Fonte: ASSECOM
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