Os presos custodiados no presídio Rogério Coutinho Madruga, o pavilhão 5 de Alcaçuz, encaminharam uma carta à direção da unidade solicitando regalias e ameaçando rebeliões em caso de não cumprimento das exigências. Ao todo, 13 pedidos foram enviados na carta, entregue no feriado. A Secretaria de Justiça e Cidadania, no entanto, ainda não disse se irá acatar as reivindicações.(Veja carta no fim da matéria)
Emanuel AmaralPresos do Rogério Coutinho Madruga querem regalias iguais às de detentos de outras unidades
Na carta, os presos ponderam que, pelo fato do Rogério Coutinho Madruga "ser moradia e não castigo", os detentos deveriam ter direito a regalias que são concedidas a presos de outras unidades do Rio Grande do Norte. Eles pedem restabelecimento das visitas íntimas; liberação de televisão; ventilador; fogão de mola; rádio de pilha; aumento do almoço em dia de visitas; entrada de salgados nos dias de visitas; liberação de 18kg de feira; entrada de cigarros, fumo preto e isqueiros; entrada de material de artesanato; entrada de filhos registrados sem necessidade de liberação pelas mães; energia elétrica durante todo o dia e liberação da entrada de sucos.
Na carta, os presos dão prazo de oito dias para que a direção do Rogério Coutinho Madruga responda sobre as reivindicações, sob pena de rebeliões em unidades prisionais do estado.
"Viemos reivindicar da melhor forma possível a melhoria da unidade carcerária e, caso esta petição não for atendida na forma que estamos reivindicando, iremos fazer acontecer da forma que nós sabemos fazer, paralisando o Nordeste e fazendo rebeliões em todas as cadeias. Assim vocês verão que somos maioria, e não minoria como falou o secretário", disse a carta em que os manifestantes afirmam que são da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o coordenador da Administração Penitenciária, Durval Oliveira, a Sejuc está vendo a procedência da carta e analisando o caso. Além disso, o coordenador admitiu que as reivindicações serão analisadas e, caso estejam dentro dos direitos dos presos, a Sejuc tem a intenção de cumprir.
"O que for legal e for direito, a Sejuc quer atender, se estiver dentro das possibilidades. O que não tiver respaldo legal não será atendido. Não vemos isso como pressão", garantiu Durval Oliveira.
TRIBUNA DO NORTE
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