Os arrochos não podem ser pesados e devem ser feitos com cautela para não atrapalhar a geração de empregos e os investimentos na Paraíba. Esse foi o apelo dos 70 empresários que se reuniram na sexta-feira (4) com a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador Ricardo Coutinho (PSB) e oito ministérios, no Centro de Convenções de João Pessoa. “Estamos em um País com situação desesperadora”, disse o diretor-presidente do Sistema Correio de Comunicação, Roberto Cavalcanti.
Na reunião, foram debatidas formas de manutenção de investimentos, negócios e mesmo com a situação difícil da economia do Brasil, o otimismo foi mantido. A presidente falou que vai analisar os pleitos da Paraíba.
“Sabemos que não é fácil, nem rápido. Na verdade, foi pedida uma medicação em menor dosagem no tocante a esse arrocho para que ele não se transforme num fato que desagregue a indústria e todas as classes empresariais. Os pleitos paraibanos foram macros, do ponto de vista da preocupação sobre crescimento. Que esse ajuste não ocorra de forma tão violenta”, disse Roberto Cavalcanti, explicando um pouco do que foi abordado na reunião.
Ele pontuou que não foram tratados temas políticos e a discussão se manteve focada na economia. “Cada um mostrou seu foco. Mas houve otimismo. Percebeu-se um grande desejo de que o Brasil ultrapasse esta difícil situação econômica”.
De acordo com Roberto Cavalcanti, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho pediu recursos para o Porto de Cabedelo, na Grande João Pessoa, de forma que ele não perca espaço para Pernambuco e se mantenha como terminal importante para escoamento de produção. Ele falou ainda que Ricardo solicitou a reativação da malha ferroviária central da Paraíba e a continuidade das obras hídricas, como a transposição do São Francisco. Antes, pela manhã, em Campina Grande, o governador tinha dito que não havia nada para cobrar.Segundo o Portal Correio, o diretor-presidente da Energisa na Paraíba, André Theobald, solicitou que o governo suspenda a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) dos empréstimos concedidos pelo BNDES para obras de infraestrutura.
Ele justificou que a oneração sobre linhas de financiamento do BNDES pode prejudicar o setor produtivo, porque esses empréstimos são fundamentais para grandes obras. O presidente da Federeção das Indústrias da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, sugeriu a cobrança do Imposto de Valor Agregado (IVA), um tipo de imposto único cobrado por todas as esferas.
Buega disse que a presidente concordou com a ideia, mas precisaria conversar com os outros governadores para analisar essa sugestão. Segundo ele, Dilma, explicou que seria uma solução dentro da reforma tributária. “O ministro Nelson Barbosa também gostou muito da ideia, disse Buega.
A reunião foi conduzida pelo presidente da Federação das Indústrias da Paraiba (Fiep), Buega Gadelha; presidente da Federação da Agricultura, Mário Borba, e pelo presidente da Energisa Paraíba, André Theobald.
Sete ministros compareceram ao encontro, que ocorreu a portas fechadas. Nelson Barbosa, do Planejamento; Eduardo Braga, de Minas e Energia; José Eduardo Cardozo, da Justiça; Renato Janine, da Educação; Juca Ferreira, da Cultura; Tereza Campello, do Desenvolvimento Social; e Arthur Chioro, da Saúde. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro não compareceu, mas enviou representantes.
Os eventos presidenciais na Paraíba tiveram ações em Campina Grande, pela manhã, e à tarde, em João Pessoa.
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