Foto: Paulo Guereta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
O mês de abril marcou uma mudança na faixa etária das vítimas do novo coronavírus no estado de São Paulo. A despeito da concentração ainda predominante nas pessoas com mais de 60 anos, as mortes de crianças, jovens e adultos cresceram proporcionalmente mais do que os óbitos entre idosos no período de um mês.
Entre 11 de abril e 11 de maio, o número de mortes entre pessoas com mais de 60 anos passou de 460 para 2.739, um aumento proporcional de seis vezes. Entre as crianças, jovens e adultos, subiu de cem óbitos há um mês para 1.004 vítimas na última segunda-feira (11) — aumento de dez vezes.
Até o começo de abril, nenhuma criança havia morrido em decorrência da covid-19; um mês depois, são quatro crianças vítimas da doença, a última delas de 4 anos em Francisco Morato (Grande São Paulo).
A maior incidência da covid-19 nas periferias explica o aumento da mortalidade entre os mais jovens, conforme médicos ouvidos pelo UOL.
“A pandemia chegou onde a densidade populacional é muito grande, onde é impossível fazer distanciamento. Aquela premissa de que o jovem vai bem e os velhos vão morrer pode fazer sentido nos países europeus, mas não em um país subdesenvolvido que conta com um dos maiores índices de desigualdade no mundo”, observa o médico infectologista Caio Caio Rosenthal.
Com informações do UOL
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